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Sou cabo-verdiano e sou da diáspora: uma Utopia Necessária

Subtil, mas repetidamente, sente-se perpassar na atmosfera político-nacional, da importância da nossa diáspora, a sua força e capacidade, mas também, ao mesmo tempo, ouvem-se lamentos, de desinteresse e falta de participação dos emigrantes, nos planos de recenseamento, nas organizações e manifestações de cariz patriótico etc. Porém esta pode ser uma das soluções, para os nossos problemas que, apesar das múltiplas vantagens, parece que os nossos sucessivos governos teimam em não dar importância. Senão vejamos: mesmo que fosse como um exercício teórico, as virtudes de uma...

Carta aberta. A minha desvinculação da Academia Cabo-verdiana de Letras*

"Com todo o impoluto respeito pela Academia e pelas dedicadas figuras que nela congregam o seu esforço, com engenho, talento e suor oficinais, dando o melhor de si para o engrandecimento da literatura em prol do país, não aturo me por de molho e assobiar para o lado, defronte de tamanha hóstil afronta."

A imortalidade em tempos de pandemia. Apontamentos avulsos de um confinado por mor da vigente situação de calamidade pública sanitária - VII

SÉTIMAS E PRÉ-DERRADEIRAS ANOTAÇÕES SOBRE A DIFERENCIADA POSTURA LINGUÍSTICA E IDIOMÁTICA DE UM CERTO, DETERMINADO E POTENTE TRIUNVIRATO POLÍTICO PÓS-COLONIAL E DA COGITADA HIPÓTESE DE O PRÉMIO CAMÕES 2018, O CABOVERDIANO GERMANO ALMEIDA, SE TORNAR FINALMENTE UM ESCRITOR BILINGUE, EM LÍNGUA PORTUGUESA E EM IDIOMA CABOVERDIANO, ENTREMEADAS DE ALGUNS DECISIVOS MONÓLOGOS INTERIORES E DE ESPORÁDICOS E TALVEZ (IN)CONVENIENTES, MAS MUITO CONVINCENTES EXCURSOS À ESQUECIDA, IGNORADA E MUITO MAL-CONTADA HISTÓRIA DAS NOSSAS ILHAS SAHELIANAS OUTRORA ISOLADAS, ESQUECIDAS E ABANDONADAS NO...

Pátria soletrada à vista do Harmatão – V

 Sequência do projecto  Pátria Soletrada à Vista do Harmatão do poeta José Luiz Tavares, que escreve o seguinte: "Na continuação da  nossa peregrinação memorialística pelo lugar di biku, hoje evocamos duas figuras particulares da nossa infância nesse Txonbon de outrora, Abel di matxu i Barboza májiku. O subtítulo (os dois do diabo) é, obviamente, irónico, relembrando apenas a nossa percepção de menino".

Pátria soletrada à vista do Harmatão - V

                                                     TXONBON

Carlitos, o pescador!

Carlitos foi meu colega de carteira na turma da terceira classe, do tempo em que não tínhamos sapatos para a escola e se calhasse a sorte de ter um padrinho emigrado que trouxesse um par pró Natal, era para ir à Missa e depois ficava guardado até já não caber nos nossos pezinhos que não paravam de crescer, isto para os sapatos não se estragarem.

Chiquinho – Segunda parte

III CENA